Entenda quais os tipos de Estudos Observacionais
Se você veio até o nosso conteúdo de hoje é porque deseja obter mais detalhes sobre os principais tipos de estudos observacionais existentes.
Primeiramente, saiba que um estudo observacional nada mais é do que um tipo de pesquisa qualitativa, na qual um estudioso estuda os comportamentos, costumes ou reações de um sujeito ou grupos de uma mesma maneira sistemática.
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As observações realizadas durante o estudo são analisadas mais tarde, com o objetivo de extrair conclusões sobre os participantes da pesquisa.
Exemplos de estudos observacionais são quando um pesquisador observa o comportamento de determinados animais, um científico que observa as relações de uma tribo do Amazonas, um sociólogo que observa como se comportam as crianças em determinado contexto escolar, etc.
Sendo assim, podemos dizer que os estudos observacionais fazem parte de um tipo de pesquisa conhecida como não experimental. Isso se deve ao fato de o pesquisador não poder manipular nenhuma variável nem controlar os resultados ou as condições de sua pesquisa.
Portanto, através deles, não é possível extrair nenhuma conclusão firme sobre a causa ou os efeitos do fenômeno observado.
A pesquisa observacional pode ser utilizada em todo o tipo de campo, desde os relacionados com a biologia e a etologia, com os mais próximos às ciências sociais.
Por essa razão, é habitual encontrar estudos deste tipo em componentes como antropologia, zoologia, psicologia, medicina, biologia e a sociologia.
Apesar de que a ideia básica por trás do estudo observacional seja sempre a mesma, existem diferentes formas de concluir um tipo de pesquisa deste cunho. Neste artigo, veremos quais são as principais características e os métodos mais habituais, mediante os quais se colocam em prática esse tipo de estudo.
Entenda a classificação dos tipos
Lembrando que os estudos observacionais devem se limitar a observar os eventos, sem intervenção nem alteração do contexto pesquisado, ok?
Dito isso, os estudos observacionais poderão ser configurados do seguinte modo:
- Estudo observacional descritivo: Podem ser feitos relatórios de casos e séries de casos.
- Estudo observacional analítico: Estudos com casos e controles.
Veja a seguir um detalhamento maior sobre as classes existentes dentro dos estudos observacionais:
Tipo de Estudo observacional descritivo
Este tipo de estudo responde às perguntas do tipo quem, onde e quando. Geralmente são estudos que se aproximam da realidade mediante a descrição de um fato. Como estudos descritivos, temos os relatórios de casos e as séries de casos:
- Relatório de casos: São estudos detalhados de um ou mais eventos, geralmente menos de 10. Supõem um 30% aproximadamente dos artigos originais, publicados nas revistas científicas do momento. São utilizados para descrever um achado raro, geralmente na área da medicina ou biologia. Além disso, servem para estabelecer hipóteses que, posteriormente, deverão ser provadas mediante outras pesquisas. Ao tratar-se de um grupo reduzido de pacientes, por exemplo, e devido à forma de selecionar as conclusões dos relatórios de casos, costumam apresentar algumas lacunas.
- Séries de casos: São similares aos anteriormente apresentados, mas com um número maior de participantes, por exemplo, geralmente mais de 10. No caso dos estudos em medicina, pode ser feito um estudo de caso com reação adversa ou doenças, e uma exposição determinada. Habitualmente se tenta estabelecer uma relação entre a doença e exposição para o que se utilizam provas estatísticas, mas sem a presença de um grupo de controle para comparar.
Tipo de Estudo observacional analítico
No caso dessa variante de estudo observacional é respondida à pergunta: COMO? Além disso, são estudos controlados que tratam de conhecer a realidade, pesquisando as razões, causas e verificando hipóteses. Os mais frequentes são os estudos de caso e estudos de coortes.
- Estudos de corte: Se utilizam para estudar a incidência, as causas e o prognóstico. Devido a que medem eventos de ordem cronológica, podem ser usados para distinguir entre causa e efeito. Também são utilizados estudos transversais para determinar a prevalência. Esse tipo de estudo é relativamente mais rápido e fácil, mas não permite distinguir entre causa e efeito. Neste tipo de estudo, são selecionados os grupos de sujeitos expostos e não expostos. Um grupo de controle a um determinado tratamento, que é o objetivo do estudo. Quando se utilizam para avaliar a segurança de um tratamento, por exemplo, são realizados um segmento no tempo e se analisa se os pacientes apresentam ou não uma determinada reação adversa, doença ou, em geral, algum evento negativo para a saúde. Costumam ser prospectivos e com menor frequência retrospectivos. O segmento costuma ser longo, já que é preciso seguir a sua evolução durante o tempo suficiente para que apareça a doença ou reação adversa pesquisada. Além disso, se é uma reação pouco frequente, o tamanho da amostra dos coortes deve ser mais elevado. Este tipo de definição de estudo é o mais adequado para estudar acontecimentos relativamente frequentes que podem aparecer depois de uma curta exposição ao tratamento ou quando o tratamento é pouco frequente.
- Estudos de casos e controles: Nesse tipo de estudo observacional analítico, são selecionados 2 grupos de sujeitos, o dos casos e o que se incluem pacientes com uma determinada reação adversa. Doença, efeito nocivo, etc. E o dos controles, no qual se seleciona aleatoriamente sujeitos da mesma população que dos casos que não apresentem essa reação adversa. A seguir é investigado ambos os grupos durante um determinado intervalo de tempo prévio ao início da reação adversa. Analisa-se a exposição ao fator de risco no estudo, medicamento no tratamento, e a definição é retrospectiva, já que no momento de começar a pesquisa, os eventos já ocorreram. Esta definição é a mais apropriada quando a reação adversa estudada é pouco ou muito pouco frequente.
Estudos Observacionais: conhecendo alguns tipos com exemplos
Veja a seguir alguns exemplos de estudos observacionais que já foram realizados e que podem lhe ajudar a se inspirar na hora de organizar o seu.
- Os chimpanzés de Jane Goodall
Uma das etólogas mais famosas da história é Jane Goodall, uma pesquisadora que queria compreender os costumes e a forma de atuação dos chimpanzés. Para isso, a pesquisadora esteve convivendo com uma tribo destes animais durante muitos anos, estudando o seu comportamento e convertendo-se em mais uma da manada.
Estes estudos são um claro exemplo de observação naturalista e participante, já que a pesquisadora nunca manipulou as condições nas quais observava os macacos. Muito pelo contrário, se limitava a estudar e a participar no que faziam.
- Questionários eleitorais
Um bom exemplo de observação controlada é o caso das aplicações de questionários eleitorais, nos quais uma empresa pública ou privada fala com um grande número de cidadãos, para entender sua intenção de voto e fazer previsões sobre os resultados das eleições.
Isso seria um exemplo de observação controlada, já que, ainda que não se estudem comportamentos em seu entorno natural, os pesquisadores se limitam a observar comportamentos sem intenção de manipulá-los de nenhum modo.
- Estudo do comportamento de usuários na internet
O marketing e a publicidade são duas das áreas que mais se prestam a observação pura, já que não é simples manipular variáveis para estudar o comportamento dos usuários em função de diferentes parâmetros.
Por essa razão, os especialistas em marketing observam fatores como as visitas que têm distintos sites, as preferências dos usuários, as compras que são realizadas através da web e outros elementos similares para determinar quais são as tendências do momento e poder modificar suas campanhas publicitárias.
E aí? O que você achou dos diferentes tipos de estudos observacionais? Comente abaixo!
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