Exemplos de Instrumentos de Pesquisa: guia completo!

Conheça os instrumentos de pesquisa mais utilizados na ciência

Para a produção de uma pesquisa científica de qualidade, é necessária a aplicação de instrumentos que auxiliarão na obtenção de resultados mais precisos e confiáveis.

No artigo de hoje, você vai conhecer informações essenciais sobre instrumentos de pesquisa e sua importância para a produção de estudos no campo acadêmico.

Na verdade, o que preparamos é um guia bem completo. Vamos falar sobre a construção e validação de instrumentos de pesquisa, instrumentos qualitativos e quantitativos, questionário como instrumento de pesquisa, coleta de dados, etc.

Vamos lá?

Pesquisador usando instrumentos para coletar dados

O que são instrumentos de pesquisa?

Quando se desenvolve uma pesquisa acadêmica, deve-se estruturar a análise a partir de ações que auxiliarão o autor a coletar dados e informações para sua análise. Uma dessas ações ocorre a partir do uso de instrumentos de pesquisa.

Os instrumentos de pesquisa são técnicas empregadas pelo pesquisador para que consiga levantar e obter dados que darão embasamento à sua análise.

Ou seja, o pesquisador utilizará esses procedimentos para que consiga coletar informações que servirão para dar corpo e direcionamento à pesquisa.

Alguns desses instrumentos de pesquisa mais utilizados na ciência são a observação, os questionários, as entrevistas; as discussões em grupos, entre outros.

A construção e validação de instrumentos de pesquisa são etapas essenciais para a obtenção de resultados confiáveis na criação de sua pesquisa acadêmica.

Construção e validação de instrumentos de pesquisa

Todos os instrumentos de pesquisa quando aplicados para obtenção de informações precisam, acima de tudo, serem bem realizados para que se consiga o máximo em confiabilidade nos resultados. De nada adianta, aplicar algum deles e não ter uma validação em confiabilidade do que foi coletado.

Portanto, antes de tudo, deve-se ter na construção e validação do instrumento de pesquisa, uma verificação sobre como ele é; o que pode ser alcançado com ele; como aplicá-lo e como obter a partir de sua aplicação, os resultados mais confiáveis.

Dessa forma, é imprescindível uma consulta na literatura sobre o instrumento que será empregado na pesquisa. Por fim, a validade de um instrumento ocorre quando de sua construção e a forma como será aplicado, oferecerão uma mensuração fiel para obtenção de resultados confiáveis.

A construção de um instrumento de pesquisa ocorre por etapas. São elas: o desenvolvimento de uma estrutura conceitual; a escolha dos objetivos do instrumento, o que ele busca atingir; a definição da população que será atingida com o estudo; a definição dos itens e escalas de respostas que surgirão.

Após essas etapas, outras são relacionadas à construção e validação de instrumentos de pesquisa. São elas: a definição e a disposição dos itens que serão abordados após a coleta; estruturação do instrumento de pesquisa aplicado; a certificação e validação do conteúdo que foi obtido e o pré-teste.

A pesquisa quantitativa utiliza instrumentos e técnicas para coletar dados numéricos e mensuráveis para análise estatística

Instrumentos de pesquisa quantitativa

Os instrumentos de pesquisa quantitativa são utilizados nas pesquisas quando você precisa coletar dados numéricos e mensuráveis. Isso para que você consiga como resultados com uma análise estatística.

Ficou claro?

Exemplos comuns de instrumentos de pesquisa quantitativa incluem questionários, escalas de avaliação, testes padronizados e observação sistemática.

A construção e validação de instrumentos de pesquisa quantitativa requerem um cuidadoso planejamento e uma análise cuidadosa das características e propriedades dos dados que serão coletados, ok?

Assim, é importante que esses instrumentos sejam confiáveis e válidos, para garantir que os resultados obtidos sejam precisos e confiáveis.

Os questionários são um dos instrumentos de pesquisa quantitativa muito utilizados (assim também em pesquisas qualitativas. Vamos falar mais a frente). Os questionários permitem a coleta de dados sobre opiniões, atitudes, comportamentos e características demográficas dos participantes.

Mas, para garantir a qualidade dos dados coletados, é importante que o questionário seja elaborado com perguntas claras e objetivas, evitando ambiguidades e garantindo a validade das respostas. Afinal, as respostas geram números, lembra-se?

Conheça três instrumentos de pesquisa qualitativa: observação, entrevista e questionário

Instrumentos de pesquisa qualitativa

Primeiramente, é importante entender que a pesquisa qualitativa tem como instrumentos para obtenção de dados 3 procedimentos: a observação, a entrevista e o questionário.

Veja cada um desses 3 instrumentos de pesquisa qualitativa:

1 – Observação

Como o próprio nome diz, utiliza-se os sentidos para que se consiga acesso a informações para a pesquisa. Além dos sentidos da audição e da visão, o pesquisador pode analisar fatos ou o uso de ferramentas para que se tenha mais alcance com a observação.

A observação como instrumento de pesquisa qualitativa se divide em não estruturada e estruturada. A primeira é feita sem o planejamento, nem controle definidos pelo pesquisador. Já o segundo modelo é feito em ambientes que se tenha maior controle.

Ou seja, nesse caso, o pesquisador planeja como será feita a observação. Um dos pontos negativos desse instrumento é que a observação pode retirar uma resposta mais espontânea de pessoas que são observadas para o estudo.

2 – Entrevista

Instrumento de pesquisa qualitativa em que há uma relação do pesquisador com o entrevistado. Diferente do questionário que atinge um maior número de pessoas, a entrevista é entre o entrevistador e o entrevistado.

Ela se divide em estruturada, não estruturada e painel. Na primeira, há um roteiro de perguntas que o pesquisador definiu para que seja feita a entrevista. Já no segundo modelo, há mais liberdade para a realização de perguntas a fim de se chegar às respostas para a pesquisa.

No caso do painel, as perguntas são repetidas, periodicamente, para os mesmos entrevistados. Busca-se, assim, a evolução das opiniões do entrevistado ao longo do tempo.

Questionário como instrumento de pesquisa qualitativa

Um dos instrumentos de pesquisa mais utilizado é o dos questionários. A sua aplicação é mais comum quando se deseja obter informações de um grupo.

O Google Forms, por exemplo, tem sido bastante utilizado como questionário de pesquisa, justamente porque é fácil de distribuir e de garantir a resposta do público-alvo.

Ou seja, quando se pretende analisar um determinado grupo, as perguntas contidas em um questionário facilitam na mensuração e interpretação dos dados que se busca sobre determinado grupo.

Ganha-se tempo para a interpretação dos dados que serão obtidos quando se aplicam perguntas de um questionário a essas pessoas. Elas responderão a perguntas definidas sem a presença do pesquisador.

A formatação para a aplicação de um questionário deve, acima de tudo, levar em conta qual grupo pretende se atingir. Por exemplo, se a pesquisa pretende verificar o nível de envolvimento dos jovens de uma cidade com o consumo de fake news, pode-se aplicar o questionário com estudantes.

Caso o interesse é a comparação entre jovens acerca do nível de entendimento sobre fake news, pode-se aplicar questionário a estudantes do 3º Ano do Ensino Médio de uma escola da periferia e estudantes do 3º Ano do Ensino Médio de uma escola privada da região central da cidade.

Ao delimitar esses dois públicos como os que receberão os questionários, deve-se delimitar as questões que envolvem o tema e que trarão respostas que possibilitarão lançar hipóteses e também chegar a conclusões para a pesquisa.

As perguntas de um questionário precisam ter vinculação ao tema da pesquisa. Elas também precisam estar dispostas em ordem de perguntas simples para as mais difíceis. Essas perguntas são fechadas e objetivas.

Contudo, há também o questionário com perguntas abertas. Nele, entrevistado pode responder de forma mais livre sobre o que é questionado.

Dentro da pesquisa qualitativa é utilizada essa técnica, porém ela apresenta como dificuldade a tabulação dos dados e análise estatística do que se buscou com as perguntas a um determinado grupo de entrevistados.

É importante ressaltar que a escolha do instrumento de pesquisa qualitativa dependerá dos objetivos da pesquisa e do tipo de informação que se deseja obter dos participantes.

Instrumentos de coleta de dados na pesquisa qualitativa

Além da observação, da entrevista e dos questionários, outro instrumento de coleta de dados na pesquisa qualitativa é a análise de materiais ou análise documental.

Trata-se da busca de informações em materiais já existentes como livros, filmes, documentos, relatórios, entre outros.

Essa consulta a materiais físicos possibilita que se faça a coleta de dados, a modo de comparar o que autores, governos, atores sociais, opinaram ou destacaram sobre determinados fatos.

Assim, pode-se fazer uma espécie de “diálogo” entre essas fontes para que se obtenha mais informações e dados para a pesquisa.

Agora comente abaixo o que achou mais interessante sobre o nosso conteúdo voltado aos instrumentos de pesquisa.

• Adquira uma Pesquisa pronta com seu tema!

• Como fazer o Primeiro Capítulo do TCC?
• Aprenda Marco Teórico com exemplo passo a passo
• A importância do Referencial Teórico Metodológico para seu Projeto de Pesquisa, TCC ou Monografia
• Como fazer TCC passo a passo – do zero, com EXEMPLOS

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Relato de Experiência para TCC. Aprenda com Exemplos!

Guia completo para você aprender a fazer um Relato de Experiência para TCC

Aprenda em nosso artigo de hoje como fazer um relato de experiência para TCC, através de nossas dicas essenciais, características e nossos 3 exemplos.

Algumas das áreas do conhecimento demandam determinados instrumentos de avaliação do estudante. Para o Trabalho de Conclusão de Curso em várias áreas (como o da saúde), o relato de experiência é muito importante.

Vamos dar uma olhada? Você vai aprender bastante e já vai sair daqui com boas ideias para elaborar o seu Relato de Experiência para TCC.

O que é um relato de experiência?

Você sabe o que é um Relato de Experiência como TCC?

Cursos como os da área da saúde – além de áreas como o da educação -, têm diversos instrumentos avaliativos dos estudantes durante a faculdade.

Quando os acadêmicos entram na fase final do curso superior nessas áreas, precisam produzir o Trabalho de Conclusão de Curso, o TCC. Esse processo que versará sobre os conhecimentos acadêmicos do estudante pode, muitas vezes, conter uma descrição das observações e práticas realizadas em um determinado período de tempo ou numa determinada situação.

Por exemplo, o graduando poderá abordar suas experiências durante o estágio em uma escola ou num hospital, caso neste último seja desenvolvido para uma graduação em curso da Saúde.

Essa descrição de uma determinada vivência além de auxiliar no aprendizado do estudante, também poderá permitir que se avance em estudos futuros na área. Dessa forma, relato de experiência é uma descrição do que o estudante observou, analisou ou praticou dentro de um determinado contexto.

Caso o estudante seja um aluno do curso de Enfermagem, ele poderá fazer a descrição de sua experiência em um hospital, por um determinado período de tempo.

Além de abordar o que ele viu, realizou, também serve para que suas descrições e análises auxiliem o próprio campo do saber em que está estudando.

Este tipo de TCC tem suas características especiais, vamos dar uma olhada?

O Relato de Experiência pode ser usado para elaboração do seu TCC

3 características primordiais de um relato de experiência

O relato de experiência pode ser utilizado para elaboração do TCC, assim como para outras produções acadêmicas. Ou seja, não se trata necessariamente de um produto apenas do TCC.

O ideal é que o aluno possa fazê-lo em outras situações da vida acadêmica, como em estágios.

Ao ter esse contato, de forma antecipada, com esse instrumento metodológico, como, por exemplo, para participar de seminários, congressos ou para publicar artigos científicos, mais íntimo dessa produção, o estudante ficará.

Assim, quando chegar na etapa do TCC, o relato de experiência poderá ser realizado de forma muito mais facilitada e ágil. Agora veja algumas das características de um relato de experiência:

1 – Análise objetiva e detalhada 

Um relato de experiência precisa ter uma análise objetiva e detalhada do que o estudante vivenciou. Sendo assim, ele descreverá não só acertos, mas também as falhas e as dificuldades vivenciadas durante essa experiência.

Isso amplia a qualidade do material, pois favorecerá também para que se melhore ou evolua naquilo que o estudante observou durante o estágio, por exemplo.

Uso de fontes acadêmicas nas considerações e reflexões

2 – Considerações e reflexões teóricas 

Mesmo que seja um texto descritivo e objetivo, o relato de experiência precisa ter seu posicionamento analítico e crítico sobre o que vivenciou. Isso auxilia para que a descrição seja mais completa, com as considerações que o aluno tem sobre o que vivenciou.

Essas considerações ficam mais enriquecidas com reflexões teóricas. Ou seja, o estudante buscará amparo teórico, com fontes acadêmicas, para argumentar sobre sua experiência e aquilo que poderá melhorar acerca do que vivenciou.

Organização do texto usando forma de linguagem objetiva e de fácil entendimento na construção do relato de experiência  

3 – Texto objetivo com linguagem acadêmica e impessoal 

A descrição contida no relato de experiência precisará estar disposta num texto objetivo, com uma estrutura que inicie com uma introdução e aponte tudo o que foi vivenciado em determinado período de tempo e local.

Contudo, não confunda objetividade com pobreza em linguagem. A linguagem deve obedecer às normas vigentes da língua portuguesa, com uma ortografia e gramática sem erros. Além disso ela precisa estar estruturada conforme às regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

E sua contextualização, por mais que seja para atender um relato de experiência, precisa ter, acima de tudo, uma impessoalidade. Isso porque além de emitir sua análise crítica sobre o que vivenciou, o aluno embasará sua descrição com fontes teóricas. Elas garantirão que sua descrição tenha mais força.

Estruturação acadêmica de um Relato de Experiência no TCC

Como desenvolver o relato de experiência para TCC? 

O desenvolvimento de um relato de experiência para TCC deverá contar uma estrutura acadêmica que estabelece a seguinte ordem:

Título – Com foco naquilo que você analisou.

Resumo – Descrição pequena do que você abordará no texto.

Introdução – Descrição em que você apresentará o assunto e o que pretende descrever em seu relato.

Relato de experiência – Aqui o estudante detalhará tudo que vivenciou dessa experiência, com uma sequência que seja cronológica. Por exemplo, a descrição de cada um dos dias do estágio e da experiência realizada.

Referencial teórico – Explicação do que vivenciou contextualizando sua análise com a utilização de fontes teóricas para embasar o que você aponta como acertos e falhas da experiência. Nessa parte da descrição, você já desenvolverá sua análise de forma metodológica.

Conclusão – Finalização do texto, em que o graduando apontará sua percepção sobre a experiência vivenciada. Nessa parte da análise, o ideal é também sugerir o que poderá ser melhorado após o que foi vivenciado.

Bibliografia – Listagem de autores e obras que você utilizou para realizar o relato de experiência para TCC.

Aprenda com 3 exemplos de Relatos de Experiência para seu Trabalho de Conclusão de Curso

3 Exemplos de relatos de experiência para TCC

Separamos 3 exemplos para você ter uma ideia. Para um TCC de relato de experiencia para enfermagem, para psicologia e na área de educação.

• Exemplo 1

Por exemplo, se o estudante é da área da Enfermagem, ele poderá descrever sua experiência em uma instituição geriátrica. Assim, ele poderá abordar experiências desenvolvidas com o público assistido pela instituição.

Se ele realizou práticas com exercícios, jogos e rodas de conversa com os idosos, ele versará sobre essas dinâmicas dentro do campo da Enfermagem. Descreverá como foi a aceitação e o que alcançou em termos positivos e negativos com essa dinâmica.

Para embasar a descrição sobre essas práticas, o estudante utilizará fontes acadêmicas da área da Enfermagem, mas também poderá utilizar de outras áreas, como a própria Psicologia ou Fisioterapia, tornando seu TCC mais enriquecido com embasamento multidisciplinar.

• Exemplo 2

Caso o estudante seja da área da Psicologia, ele poderá realizar seu relato de experiência de modo a analisar o desenvolvimento e resposta de um determinado público. Por exemplo, ele integra uma instituição que trabalha com pessoas portadoras de necessidades especiais.

Dessa forma, ele poderá avaliar a resposta desse público em relação a práticas como ações interativas como a musicoterapia. A resposta dos assistidos no campo da Psicologia a experiências como essa fundamentarão o relato de experiência do graduando.

• Exemplo 3

Outro exemplo de relato de experiência se dá com um estagiário na área da educação. O graduando poderá utilizar dinâmicas e atividades educacionais com uso de ferramentas digitais para analisar a resposta dos estudantes.

Essa análise deverá ser detalhada com a descrição de como foram empregadas essas ferramentas digitais, como uso de redes sociais, aplicativos e demais produtos tecnológicos, para que determinado conteúdo fosse aprendido ou que conhecimentos fossem disseminados por meio dessas ações.

O graduando descreverá em seu relato de experiência de que forma foi realizada essas práticas; como obteve um retorno dos estudantes; o que precisará melhorar e o que foi positivo no emprego dessa ação.

Essa são algumas dicas para realização do relato de experiência para o TCC.

O ideal é que o estudante também consulte modelos de artigos científicos para acostumar a linguagem e a observação desse conteúdo.

Fica a dica!

O relato de experiência precisa ser autoral para ser validado.

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Fundamentação Teórica com exemplos e passo a passo

Guia completo com exemplos de Fundamentação Teórica explicando passo a passo

Uma das partes mais árduas de qualquer trabalho acadêmico é pesquisar e escrever uma fundamentação teórica de qualidade. Seja um trabalho de conclusão de curso (TCC), dissertação, tese, artigo de periódico, ou mesmo um relatório parcial e final, é sempre necessário revisar a literatura existente sobre o tema.

E aí, surgem as dúvidas que parecem básicas, mas que são importantes!

• Como iniciar uma fundamentação teórica?
• O que colocar na fundamentação teórica? Usar tudo o que encontrei?
• Como fazer fundamentação teórica para meu TCC ou Projeto de Pesquisa?
• Será que devo seguir um passo a passo ou modelo?
• Como inserir citações em uma fundamentação teórica de forma que fique com coerência e coesão?

Vamos falar sobre isto?

Nenhuma investigação surge do nada. Algo deve ser feito para interessar aqueles que pretendem fazer trabalhos científicos. Existem até trabalhos, como algumas teses e dissertações, em que um capítulo inteiro é dedicado aos fundamentos teóricos, ou também chamados de fundamentação teórica, referenciais teóricos, revisões bibliográficas ou revisões de literatura.

Para saber se um capítulo deve ser dedicado à fundamentação teórica do seu trabalho, é preciso conhecer as normas da sua instituição de ensino ou, no caso de artigos ou capítulos de livros, por exemplo, as normas do conselho editorial.

Mas, não se desespere, pois vamos te ajudar a realizar essa tarefa da forma mais prática sem renunciar à qualidade, ok?

Fundamentação Teórica: saiba qual a finalidade da sua pesquisa

Entendendo a Fundamentação Teórica

Esse momento da produção acadêmica fornece a base teórica para o trabalho científico, desde projetos de pesquisa até a redação final de monografias e outros tipos de TCC.

A literatura deve abordar qual é a sua questão de pesquisa, história, metodologia, resultados. Ela mostra as opiniões que você usa para formar a sua própria opinião.

A fundamentação teórica também facilita a interpretação dos dados e a discussão dos resultados, identificando os métodos a serem empregados e as qualificações do estudo por meio da comparação com resultados encontrados em outros escritos.

Exemplo:

“… Ao contrário do que foi descrito por Fulano (2009), quando encontrou uma correlação positiva entre os fatores X e as variáveis Y, neste estudo não houve correlação entre os mesmos elementos.”

Inicie sua Fundamentação Teórica através dos objetivos traçados

Como iniciar uma fundamentação teórica? Como começar a construir uma base teórica?

É importante que, antes de iniciar sua fundamentação teórica, você tenha traçado seus objetivos e abordagem, além do tema central. A palavra do seu orientador é sempre essencial. Converse com ele sobre o que você deve ler e como deve ser seu argumento.

Se ainda não conhece, procure informações de autores que se destacam na sua área de estudo. A bibliografia dos artigos é uma boa fonte.

Consultando os diferentes artigos, você poderá encontrar os pesquisadores mais ativos sobre o seu tema e, através dessas referências, encontrar e consultar as diferentes abordagens de cada um.

→ Você pode aprender isso – e todas as etapas de sua pesquisa – no nosso Manual para Elaborar Projeto de Pesquisa.

Dica de Professor -> Ao destacar os pontos principais de sua pesquisa e buscar publicações pertinentes a cada ponto, não se limite à opinião de um ou dois autores. Diversifique suas citações sobre um tópico o máximo possível com autores que tenham perspectivas diferentes sobre o mesmo tópico.

Determinar o período para pesquisar é importante para reduzir a distância a ser pesquisada. Por exemplo, até dez anos, até quinze anos, etc. Se for uma fonte realmente importante, mas desatualizada, deve ser mencionada.

Também é muito importante contextualizar sua pesquisa.

Portanto, aprenda sobre trabalhos recentes ou em andamento que sejam significativos para o seu estudo, descreva-os como úteis para resolver problemas atuais ou até mesmo para entender melhor o mundo.

Gostou destas dicas? Então continue nosso artigo de hoje.

Métodos para encontrar e escrever uma boa base de fundamentação teórica

Fundamentação Teórica: dicas para dar embasamento para sua pesquisa

Existem várias maneiras de aprender a escrever e construir uma fundamentação teórica. Hoje, com a comodidade do mundo virtual, temos acesso a publicações em vários idiomas de diversas áreas do conhecimento sem sair de casa.

No entanto, as bibliotecas também não podem ser ignoradas.

Não apenas por causa de suas coleções, mas porque descobrimos que as pessoas eram capazes, por exemplo, de nos dizer onde encontrar material histórico ou recente sobre seus assuntos.

Os mecanismos de pesquisa geralmente usam um sistema de pesquisa por palavra-chave. Você precisa identificar o tema central do seu tema. Se o tema for amplo, como “proteção ambiental”, procure pontos para analisar dentro dos objetivos gerais.

Neste caso poderia ser: “Investigar o impacto das embalagens de bioplástico na proteção do meio ambiente“.

Assim, além de conservação e meio ambiente, você pode usar as seguintes palavras-chave para sua pesquisa inicial: impacto ambiental; tipos de embalagens; fabricação de bioplásticos; uso de bioplásticos para embalagens, etc.

Para consultas online, contamos com a base de dados Scielo, Google Acadêmico, Artigo Científico, etc que reúnem publicações em todas as áreas científicas.

Aprendendo a fazer a fundamentação teórica

Elabore e escreva a Fundamentação Teórica usando a consulta dos seus objetivos específicos e reunindo informações relevantes sobre cada objetivo

Para orientar sua pesquisa, consulte seus objetivos específicos e reúna informações relevantes sobre cada objetivo. Cada um deles pode receber um subtítulo e pode ser dividido em várias seções.

Primeiro, encontre os autores que criaram o conceito. Em seguida, encontre outros autores que começam com um conceito inicial, façam o trabalho real e apresentem seus resultados.

Exemplo:

Segundo FULANO (2010), a abordagem do ensino público deve ser a mesma adotada pelas redes privadas. No entanto, BELTRANO (2013) afirma que as diferenças sociais se refletem negativamente na adequação da prática das escolas privadas à política educacional pública.

Ao escolher autores conhecidos citados em outras obras, você estará mais próximo de apresentar um material confiável em seu texto. Se você não puder determinar a autenticidade de qualquer trabalho, é melhor remover esse parágrafo.

Fundamentação Teórica: selecione as melhores fontes

O que colocar na fundamentação teórica? Eu devo usar tudo o que encontrar?

Para você que tem dúvidas sobre o que colocar na fundamentação teórica, saiba que você não deve apresentar tudo o que encontrar. Você deve ler o conteúdo com cuidado e verificar suas fontes. Além de ler cada fonte para referência, você também deve destacar a passagem que usará em sua citação ou o trabalho que está citando.

Na verdade, além da seleção, você deve explicar e marcar as partes que lhe interessam. Na prática, você não conseguirá absorver tudo o que lê e não conseguirá conectar as citações literalmente.

Mas não entre em pânico!

Existem alguns truques de redação que podem te ajudar nessa hora.

• Uma das técnicas utilizadas para elaborar fundamentação teórica é a lista bibliográfica.

Mas como fazer uma lista bibliográfica? Basicamente, você coloca dados bibliográficos em uma tabela, como autor, obra, ano de publicação e o número da página que está citando.

Cada tabela corresponde a uma fonte bibliográfica e, no caso de citação direta, deve incluir um resumo de seu conteúdo e/ou transcrição do texto do autor.

Essa técnica facilita sua escrita.

E mais, se você já faz suas anotações em formato eletrônico e segue as normas da ABNT, pode facilmente incluí-las em seu texto.

Exemplos e dica extra de Fundamentação Teórica passo a passo – Distribuição de Citações e Referências

Estrutura da citação de uma Fundamentação Teórica

Citações e referências são uma parte importante da redação de textos científicos. Por meio delas, as informações são ampliadas e o conteúdo do artigo é contextualizado em sua disciplina correspondente, fornecendo referências para subsidiar pesquisas relevantes sem perder de vista o reconhecimento da autoria nas ideias prévias nas quais o autor se baseia.

As regras de citação e os diferentes sistemas existentes para citar autores e fontes tornam essa parte do processo de escrita uma das que mais geram dúvidas entre os autores.

Portanto, ao ler a literatura científica é muito importante aprender a distinguir as citações, entender sua posição em cada seção do texto e os motivos de suas mudanças de quantidade.

Vejamos um exemplo:

Um artigo X possui um total de 35 referências finais, organizadas numericamente de forma sistemática na ordem em que são citadas no texto. O ideal é que essas citações sejam distribuídas mais ou menos da seguinte forma:

1. Introdução: 34 citações (pois aqui você pode comentar sobre a fundamentação teórica que embasou seu estudo. Comente os autores que farão parte dessa pesquisa).
2. Método: média de 8 citações.
3. Resultado: geralmente não precisa apresentar fundamentação teórica neste apartado.
4. Discussão: 21 citações.
5. Conclusão: se quiser, não precisa apresentar fundamentação, já que é um fechamento feito pelo próprio autor do trabalho, concluindo suas ideias.

A distribuição das citações pelas seções do texto segue uma distribuição lógica de seus números, então vemos como as seções de Introdução e Discussão são as que mais recebem citações por conterem explicações sobre o contexto da pesquisa (Introdução) e compará-los com os resultados obtidos na pesquisa realizada (Discussão).

A seção dedicada aos métodos requer apenas algumas referências explicativas sobre os procedimentos realizados, geralmente padronizados e frequentemente utilizados em estudos anteriores.

Modelo de Fundamentação Teórica pronta

Exemplos de Fundamentação Teórica Pronta

Além de mostrar como fazer fundamentação teórica, como iniciar a pesquisa, o que colocar na fundamentação, trazemos também um exemplo pronto para você perceber como se dá a “conversa” entre autores e argumentos.

Como acontece esta costura de ideias.

Esperamos que você aproveite este exemplo como modelo de fundamentação teórica, pois nela você vai encontrar citações diretas e indiretas, assim como argumentos do autor.

E aí, agora ficou mais claro como podemos construir a nossa fundamentação teórica? Comente!

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