Essa é uma dúvida que sempre paira no ar e é extremamente válida: acadêmicos querendo saber sobre até onde podem expandir as áreas do conhecimento, sem serem prejudicados, ou mesmo pretendendo ampliar áreas de atuação, entre outros motivos. As questões que recebemos aqui vão desde: Sou formada em letras, qual pós-graduação posso fazer? ou… Fiz pedagogia, posso fazer pós em psicologia? ou ainda… Quantas pós-graduações posso fazer?
Pode-se dizer que tudo depende da sua perspectiva de formação e do que você pretende com o título acadêmico após a graduação.
Vamos explicar as possibilidades (permitidas e não) e você vai entender melhor – até o final deste artigo – se pode fazer pós-graduação em outra área, diferente da sua formação.

Formações acadêmicas em áreas distintas

Para ficar mais simples, vamos ver este exemplo: o acadêmico formou-se em pedagogia e optou por seguir uma temática como educação do campo. Esse será o objeto de estudo que pretende seguir aprofundando na pós-graduação.

Como a educação do campo é um tema que abrange a área da educação e não é restrita à pedagogia, o acadêmico pode continuar os estudos dessa temática em outra área de estudos como em uma pós-graduação de geografia em que é muito comum, no âmbito da geografia agrária se estudar educação do/no campo.

Pode-se dessa forma, realizar a graduação na área da pedagogia, o mestrado na geografia e ou doutorado em educação. Ou, pode-se cursar graduação na pedagogia, mestrado na geografia e doutorado em educação.

Mas não é somente isso. Veja outro exemplo abaixo.

Sou formada em letras, qual pós-graduação posso fazer?

Neste outro exemplo, vamos fazer parecido com o anterior: a formação do acadêmico é em letras e gostaria de fazer uma pós graduação aproveitando que tem acesso à educação na área rural.

Como a educação na área rural (geografia) pode ter uma ligação com letras e geografia, não há problemas. Ele pode fazer uma pós-graduação de geografia.

Pode-se dessa forma, realizar a graduação na área de letras e o mestrado na geografia, por exemplo.

Saiba quais as possibilidades de aperfeiçoamento em áreas do conhecimento distintas.
Posso fazer pós em outra área? Qual pós-graduação posso fazer?


Posso fazer uma pós em outra área?

Posso fazer pós-graduação em outra área? Tudo depende da instituição para qual irá realizar a seleção da pós-graduação e se, naquele programa há professores estudiosos dessa temática, o que garantirá que será aceito.

As possibilidades são amplas. Poderiam ser citados vários exemplos.

A pessoa pode-se formar em qualquer graduação que seja uma licenciatura e realizar pós-graduação na área da educação. Pode-se graduar em matemática, em psicologia, em letras, em educação física e cursar o mestrado em educação. Pode-se formar em pedagogia e cursar pós-graduação em programas de história, sociologia, direito, na área da saúde…

Quantas pós-graduações posso fazer?

Variações da área de conhecimento para uma carreira acadêmica

Mas é importante ter atenção, porque se a pretensão for seguir carreira acadêmica, na maioria das vezes, os editais são fechados e exigem formações em pós-graduações específicas.

Deve-se priorizar, nesse caso, pós-graduações na mesma área de graduação, ou, pelo menos, na mesma área de conhecimento (pós-graduações nas áreas de humanas se sua formação é nessa área, ou na área de exatas se sua graduação é nesse âmbito).

Está pretendendo fazer um mestrado ou doutorado? Veja abaixo as similaridades entre os cursos.

Similaridade do Mestrado ou doutorado em áreas distintas

Ao ingressar nos dois cursos o mestrando ou doutorando terá o acompanhamento da figura de um professor (a) orientador (a). Esse orientador (a) acompanhará o acadêmico (a) em todo curso, principalmente no que diz respeito à elaboração da pesquisa e escrita do Trabalho de Conclusão de Curso.

Nos dois cursos é necessário realizar um pesquisa científica, que deverá ser julgada por uma banca examinadora em dois momentos: na qualificação (que funciona como uma pré-defesa) e na defesa do trabalho. O acadêmico deve apresentar o TCC à banca examinadora e a banca avaliará se o trabalho tem condições de prosseguir (na qualificação) e de ser finalmente aprovado (no momento da defesa).

Tanto a qualificação quanto a defesa são momentos de extremo aprendizado para o acadêmico(a). Isso pelo fato de que, nesse momento, os professores examinadores já leram todo o trabalho e apontam o caminho melhor a ser seguido, assim como as falhas a serem corrigidas e os acertos que permanecem.

No mestrado o TCC é denominado de dissertação e no doutorado de tese. Ambos possuem a característica de um trabalho monográfico, ou seja, estudam em profundidade e/ou extensão um único processo/fenômeno.
Similaridade dos cursos de Mestrado ou doutorado em áreas distintas
Similaridade dos cursos de Mestrado ou doutorado em áreas distintas

Ao defender e ser aprovado o acadêmico recebe um diploma (e não um certificado como nas pós lato sensu) e o título de mestre ou doutor.

Os dois cursos são voltados para pesquisa e visam promover o conhecimento científico. Ambos exigem muito tempo e dedicação de estudos e participação em eventos científicos.

Os períodos de aula são poucos, geralmente tem-se duas disciplinas por semestre (tanto no mestrado quanto no doutorado) cujas aulas têm duração de 4h/dia, ou seja, as disciplinas são cursadas em duas manhãs ou duas tardes durante a semana.

Parece pouco? Não se engane! Não é aí que é muito exigido… A exigência é justamente o tempo dedicado extraclasse! A carga de leitura e estudos é extremamente alta, por vezes solicita-se leitura de livros completos no intervalo de uma aula a outra ou de capítulos de livros, dentre outros trabalhos.
Privilegia-se nesse tipo de pós-graduação a formação intelectual e a pesquisa.
Nos dois cursos, tanto no mestrado quanto no doutorado, é possível diminuir os créditos a serem integralizados por meio das disciplinas. Geralmente, é ofertada a opção de se converter trabalhos acadêmicos (como artigos publicados em eventos científicos) em créditos, diminuindo a quantidade de disciplinas.

Como funciona e quantos créditos podem ser convertidos, depende da instituição e do programa de pós-graduação que tem autonomia para decidir tais questões.

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